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O VELHO E O MAR

Ilustrado por C.F. TUNNICLIFFE e  RAYMOND SHEPPARD

“- Meio peixe, falou ele. Peixe que você já foi. Tenho muita pena que tivéssemos ido para tão longe. A culpa foi minha. Arruinei a nós dois. Mas matamos alguns tubarões, você e eu, e ferimos muitos outros. Quantos teria você matado, velho peixe? Não é sem razão que tem essa espada na cabeça.”

PORTFOLIO

Antes...

Eu achava que era aquele artista,
Que não queria mais pintar!

Achava que fosse aquele personagem solitário,
Saído de um filme do Antonioni.

Talvez, não sei...
Aquele rapaz comum,
Que magoado, tentou de todas as formas,
Arrancar Deus de seu coração.

O filho de coração partido, de alma dilacerada!

Mas hoje...

Percebi que eu não era nada disso;

Percebi que já faz muito tempo que eu  não sou,

Alguém que na verdade eu nem cheguei a ser;

Percebi que olhando para o futuro, o meu futuro, eu não o via;

Mas pior ainda, seria vê-lo e nele você não estar;

Percebi que o amor não é só um jogo que crianças jogam;

Que Deus, definitivamente, não é só mais uma palavra para se dizer;

Percebi que é só você quem dá sentido a minha vida;

E quem sem você, eu não sou absolutamente nada...

Eu não sou ninguém !!!

 

LESSONS FROM MICHELANGELO

 

A maior lição do grande mestre não está aqui exposta.
É o fato de que a vida, às vezes, pode ser muito injusta com as pessoas.
Michelangelo viveu 89 anos na mais completa solidão, 
A vida apresentou-lhe uma conta muito alta para ser paga.

 

“ Vittoria Colonna foi a única mulher que penetrou na intimidade do artista. Só ela soube acender nesse coração, nessa alma e nesse espírito a chama que fez renascer no homem envelhecido e desiludido os ardores da juventude.

Vittoria soube acalmar as angustias de Miguel Ângelo, atormentado durante toda a vida pela consciência que tem da culpabilidade do homem e da idéia do pecado, encontra nela um descanso. Ela reconfortá-lo-á todos os dias durante dez anos, tanto pela doçura da sua presença como pelas palavras que saberão fazer nascer nele uma paz benfazeja. Junto dela, se não esquece a crueldade da vida e as rudes tarefas que constantemente lhe pesam sobre os ombros, pelo menos as feridas do seu coração e da sua alma cicatrizam.”